"Eu tinha uns 10/11 anos quando mudei de escola.
Como os grupos já estavam formados era meio difícil fazer amizade lá. Até que eu conheci um grupinho de garotas super legais e que me acolheram "bem". Mas com o tempo as agressões verbais por meio de "indiretas", como hoje é chamado começaram a acontecer. Gorda, feia, esquisita e coisas do tipo. Então eu comecei a me afastar desse grupo que realmente só me fazia mal.
Eu chorava inúmeras vezes em casa, mas eu achava inútil contar para a minha família sobre tais agressões. Na época é claro, era chamada "zoação", hoje é bullying. Havia uma em especial no grupo (que prefiro não citar nomes) ria da minha cara compulsivamente, isso me irritava e me fazia mal é claro.
Eu nunca fui a mais bonita na classe e sempre fui gordinha. Com o tempo a imagem de feia na minha cabeça se tornava algo tão nítido que comecei a ter um complexo de beleza, assim como acontece com a anorexia. Certo dia até tiraram uma foto de mim e ameaçaram mostrar para a sala toda. As piadinhas que inventavam sobre mim eram de extremo mal gosto.
Com o tempo comecei a ter problemas te auto-estima, não queria mais sair de casa, não me olhava no espelho e não conseguia mais me relacionar com as pessoas. Quando os problemas começaram a se tornar sérios eu falei com a minha mãe, e ela ficou furiosa. Minha mãe quase ligou para a mãe de todas. Eu não quis que a minha mãe fizesse nada, eu acreditava naquela "lei do retorno".
Minha mãe me levou no psicólogo, mas o problema estava na escola, nas garotas... Meu pai não queria me mudar de escola, então a situação só piorava. Então no 1º ano do ensino médio, depois de ser objeto de chacota por 4 anos eu mudei para o turno da noite e elas para a manhã.
Aos poucos meu problema longe delas foi se resolvendo. Continuei indo ao psicólogo, e meus problemas de auto-estima melhoraram, e fui esquecendo sobre tudo aquilo. Então no 3º ano eu estava super recuperada, tinha feito amigas de verdade, e não vivia sem a minha psicóloga. Estava tão empolgada com a psicologia que foi o que eu escolhi para a minha vida. Comecei a me dedicar arduamente aos vestibulares de psicologia.
Passei em 1º em duas universidades federais. Hoje com dois anos de psicologia eu entendo melhor o que aconteceu comigo e com elas. E tudo que eu quero é ajudar as pessoas que sofreram o mesmo que eu. Hoje eu soube que nenhuma delas entraram em universidades federais, e a que tanto me criticava nem em uma pública entrou. Na faculdade encontrei meu noivo, e para ele eu sou a pessoa mais linda do mundo.
E o melhor ganhei um concurso de Miss na minha nova cidade. Já visitei inúmeros lugares no mundo: EUA, Espanha, Itália,França, Grécia, Canadá e Nova Zelândia. Moro em um apartamento com sete cachorros, e hoje eu sou mega feliz!"
Como os grupos já estavam formados era meio difícil fazer amizade lá. Até que eu conheci um grupinho de garotas super legais e que me acolheram "bem". Mas com o tempo as agressões verbais por meio de "indiretas", como hoje é chamado começaram a acontecer. Gorda, feia, esquisita e coisas do tipo. Então eu comecei a me afastar desse grupo que realmente só me fazia mal.
Eu chorava inúmeras vezes em casa, mas eu achava inútil contar para a minha família sobre tais agressões. Na época é claro, era chamada "zoação", hoje é bullying. Havia uma em especial no grupo (que prefiro não citar nomes) ria da minha cara compulsivamente, isso me irritava e me fazia mal é claro.
Eu nunca fui a mais bonita na classe e sempre fui gordinha. Com o tempo a imagem de feia na minha cabeça se tornava algo tão nítido que comecei a ter um complexo de beleza, assim como acontece com a anorexia. Certo dia até tiraram uma foto de mim e ameaçaram mostrar para a sala toda. As piadinhas que inventavam sobre mim eram de extremo mal gosto.
Com o tempo comecei a ter problemas te auto-estima, não queria mais sair de casa, não me olhava no espelho e não conseguia mais me relacionar com as pessoas. Quando os problemas começaram a se tornar sérios eu falei com a minha mãe, e ela ficou furiosa. Minha mãe quase ligou para a mãe de todas. Eu não quis que a minha mãe fizesse nada, eu acreditava naquela "lei do retorno".
Minha mãe me levou no psicólogo, mas o problema estava na escola, nas garotas... Meu pai não queria me mudar de escola, então a situação só piorava. Então no 1º ano do ensino médio, depois de ser objeto de chacota por 4 anos eu mudei para o turno da noite e elas para a manhã.
Aos poucos meu problema longe delas foi se resolvendo. Continuei indo ao psicólogo, e meus problemas de auto-estima melhoraram, e fui esquecendo sobre tudo aquilo. Então no 3º ano eu estava super recuperada, tinha feito amigas de verdade, e não vivia sem a minha psicóloga. Estava tão empolgada com a psicologia que foi o que eu escolhi para a minha vida. Comecei a me dedicar arduamente aos vestibulares de psicologia.
Passei em 1º em duas universidades federais. Hoje com dois anos de psicologia eu entendo melhor o que aconteceu comigo e com elas. E tudo que eu quero é ajudar as pessoas que sofreram o mesmo que eu. Hoje eu soube que nenhuma delas entraram em universidades federais, e a que tanto me criticava nem em uma pública entrou. Na faculdade encontrei meu noivo, e para ele eu sou a pessoa mais linda do mundo.
E o melhor ganhei um concurso de Miss na minha nova cidade. Já visitei inúmeros lugares no mundo: EUA, Espanha, Itália,França, Grécia, Canadá e Nova Zelândia. Moro em um apartamento com sete cachorros, e hoje eu sou mega feliz!"
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Enviei sua história para o meu e-mail: karinacocenzo@yahoo.com .br e pode ser anonimo.
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Fonte: Tumblr
